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Projeto Legítima Diferença no Sesc São Carlos quer desconstruir preconceitos contra a comunidade LGBTQIAP+
Eventos
Publicado em 01/05/2023

A partir do dia 9 até 19 de maio, o Sesc de São Carlos promove um conjunto de atividades culturais que estão inseridas no projeto institucional do Sesc São Paulo, Legítima Diferença, são ações que buscam evidenciar realidades e desconstruir preconceitos e estereótipos vinculados às pessoas LGBTQIAP+

O projeto fomenta a livre expressão das diferenças, o espaço de diálogo e convivência, o respeito e a transformação social. A programação conta com curso, desfile, espetáculo de teatro e cinema.

No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). Essa data, em 2004, passou a ser o marco do Dia Internacional contra a LGBTfobia.

Ainda assim, as vidas e vivências de pessoas LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis, Queer, Intersexuais, Assexuais e Pansexuais) continuam sendo atravessadas pelo preconceito, violência e desrespeito.

Histórico

Na década de 1970, quando começaram os grandes movimentos pelos direitos de pessoas homossexuais e transexuais nos Estados Unidos, os militantes geralmente usavam a palavra gay para definir mulheres e homens homossexuais. Na década de 1980, solenidades, eventos e as organizações passaram utilizar lésbicas e gays.

Em seguida surgiram as letras B (para bissexuais) e T (para pessoas transgênero). Ao longo dos anos as organizações passaram a usar a sigla LGBT. No Brasil também era comum dizer GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) e, entre a militância, GLBT, já contemplando as novas letras. 

A letra L veio para o início da sigla, logo em seguida, para reconhecer a luta das mulheres lésbicas e feministas. No Brasil, o LGBT só se tornaria popular depois de 2008, ao ser adotado oficialmente pela primeira vez na 1ª Conferência Nacional GLBT.

Ao mesmo tempo, começaram a surgir novas denominações para incluir mais comunidades. Assim, as pessoas que não se identificam com o conceito de que só existem dois gêneros, masculino e feminino, são representadas atualmente pela sigla LGBTQIAP+

O que significa cada letra de LGBTQIAP+ ?

Lésbicas: mulheres que são romanticamente ou sexualmente atraídas por outras mulheres. 

Gays: homens que sentem atração romântica ou sexual por outros homens (também pode ser usado para falar de todas as pessoas homossexuais, independentemente do gênero).

Bissexuais: pessoa que sente atração romântica ou sexual por mais de um gênero. 

Transgêneros, Travestis e Transexuais: pessoas cuja expressão ou identidade de gênero é diferente do sexo biológico que foi atribuído no nascimento. 

Queer: termo que indica qualquer pessoa que não é heterossexual ou cuja sexualidade ou identidade de gênero muda com o tempo. Além disso, pode significar “questionando”, ou seja, alguém que está explorando sua sexualidade ou gênero.

Intersexuais: pessoa que nasceu com características sexuais (como genitais ou cromossomos) que não se enquadram nas categorias binárias masculinas ou femininas. 

Assexuais: quem sente pouca ou nenhuma atração sexual por outras pessoas.

Pansexuais: pessoas que se sentem atraídas por todos os gêneros; tem quem não coloque a letra P na sigla por entender que essa classificação já está contemplada pelo “B” de bissexuais.

Pessoas pansexuais não consideram o conceito de binariedade, dessa forma podem desenvolver atração física e se relacionar com pessoas, independente da identidade de gênero ou sexo biológico.

+: o sinal de mais está aqui para indicar que a comunidade inclui mais expressões de gênero e de sexualidade, como o arromantismo (não ter desejo de viver um romance) e o poliamor (cultivar vários relacionamentos amorosos ao mesmo tempo).

Sem o sinal de mais, a sigla vai longe: existem versões com mais de 50 letras e carrega todas as possíveis manifestações de sexualidade e dá importância para a inclusão das diferentes letras e indivíduos que elas representam.

A sigla é fundamental para lembrar que, embora todos eles sejam do universo LGBTQIAP+, cada uma dessas pessoas sofre preconceitos e tem demandas específicas.

Fontes:

Universidade de São Paulo Escola de Comunicações e Artes Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação – Guilherme Engelman Bortoletto – LGBTQIA+: identidade e alteridade na comunidade –

Portal iG Queer

Ministério da Saúde – Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

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