O Fórum Municipal de Aprendizagem Profissional reuniu representantes de entidades e instituições interessadas e preocupadas com o assunto
Uma reunião realizada na última semana, na Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), marcou a retomada do Fórum Municipal de Aprendizagem Profissional (FOMAP) de São Carlos.
O Fórum Municipal de Aprendizagem Profissional reuniu representantes de entidades e instituições interessadas e preocupadas com o assunto, que apresentaram um panorama do atual cenário do Jovem Aprendiz em São Carlos e a importância do retorno e formalização do Fórum Municipal.
Segundo Antonio Ribeiro, membro do Fórum Estadual de Aprendizagem Profissional (Fopap) e diretor do Sincomercio e da ACISC, o retorno das plenárias do Fórum Paulista é muito importante para o município, que poderá participar das discussões das Leis e suas alterações no âmbito da Aprendizagem Profissional. Durante o encontro, a Auditora Fiscal do Trabalho, Celia Emiko Mihara, já adiantou algumas mudanças na legislação e como está sendo feito o trabalho de fiscalização, além de tirar diversas dúvidas das entidades presentes.
Paulo Roberto Gullo, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio) e conselheiro efetivo do Sesc, lembrou o trabalho do Sistema S para o processo de Aprendizagem Profissional. “Um dos pilares do Sistema S é disponibilizar uma boa educação profissional para o setor produtivo, tais como indústrias, comércio, agricultura, transporte e cooperativas. Para isso, ações do FOMAP são essenciais”. Já o Presidente da ACISC, José Fernando Domingues, agradeceu e parabenizou as entidades participantes, ressaltando a importância da discussão sobre a aprendizagem no município.
Participaram do Fórum Municipal de Aprendizagem Profissional (FOMAP) representantes do Fórum Estadual de Aprendizagem Profissional (Fopap), do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio), do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Carlos e Região (Sincomerciários), da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), da Prefeitura Municipal de São Carlos, por meio da Secretaria de Cidadania, da Delegacia Regional do Trabalho, do Centro de Educação de Jovens e adultos (CEJA), da Associação Espírita Francisco Thiesen, do Social Profissionalizante (Espro), da Rede de Assistência Social Cristã (RASC), do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA).
Outros encontros e atividades do Fórum Municipal de Aprendizagem Profissional (FOMAP) devem acontecer em breve em São Carlos.
Fórum Municipal de Aprendizagem Profissional (FOMAP): o que é o sistema S
A história do que hoje é chamado de Sistema S começa oficialmente em 22 de janeiro 1942, com o decreto do então presidente Getúlio Vargas, que criou o Senai, a mais antiga organização do grupo. A fundação do serviço de aprendizagem durante o Estado Novo (1937-1945) faz parte de uma tentativa de avançar na industrialização do país, qualificando a mão de obra operária.
Desde sua fundação, o Senai já teve mais de 70 milhões de alunos e o número atual de matrículas está em cerca de 2,4 milhões. A oferta de vagas acompanha o desempenho da economia e já chegou a ser de 4 milhões em 2014.
Com a queda de Getúlio Vargas e a redemocratização, foram criados em 1946 o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac) e os serviços sociais da indústria e do comércio, Sesi e Sesc, inspirados pela Carta da Paz Social, em que representantes patronais se comprometem a melhorar as condições de trabalho.
Em 10 de janeiro de 1946, um decreto do ex-presidente José Linhares (ficou no cargo de 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946) atribui à Confederação Nacional do Comércio (CNC) a função de organizar e administrar escolas de aprendizagem comercial, o Senac. Já em 13 de setembro do mesmo ano, outro decreto presidencial, agora do ex-presidente Eurico Gaspar Dutra, atribui à CNC as mesmas responsabilidades sobre um serviço social para “o bem-estar social e a melhoria do padrão de vida dos comerciários e suas famílias, e, também, para o aperfeiçoamento moral e cívico da coletividade”.
Dutra já havia determinado em 25 de junho de 1946 que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criasse e administrasse o Sesi, “com medidas que contribuam para o bem-estar social dos trabalhadores na indústria e nas atividades assemelhadas, concorrendo para a melhoria do padrão geral de vida no país, e, bem assim, para o aperfeiçoamento moral e cívico e o desenvolvimento do espírito de solidariedade entre as classes”.
O quinto serviço mais antigo do Sistema S é o Sebrae, criado em 1972 e, diferentemente dos demais, vinculado ao governo federal. Um fato curioso é que sua sigla na época começava com C, por ser o Centro Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Só a partir de 1990, a entidade transformou-se num serviço social autônomo, trocando o C pelo S de serviço.
Em 1991, foi criado o Senar, para a aprendizagem rural, e, em 1993, foi a vez do Sest e Senat, para a assistência e o treinamento de trabalhadores dos transportes. A lista continuou em 1998, com o Sescoop, para a aprendizagem dos trabalhadores de cooperativas.
Serviços
As entidades do Sistema S cresceram ao longo das décadas e ampliaram o leque de serviços oferecidos. O Senai, por exemplo, além dos cursos profissionalizantes, atua de forma relevante nas áreas de metrologia e pesquisa, ajudando nas certificações e aprimoramentos de produtos e cadeias de produção.
Seu equivalente para o comércio e os serviços, o Senac oferece uma gama de atendimentos prestados por seus alunos e profissionais que vão de saúde e beleza a hospedagem. Já o Sesi e o Sesc têm escolas, teatros, serviços de saúde, clubes esportivos, prêmios de incentivo à cultura e uma extensa programação de eventos artísticos e culturais em todas as regiões do país.
As ações e serviços chegam a municípios de todos os estados, inclusive com escolas que funcionam em unidades móveis e itinerantes, e os trabalhadores e empresários interessados devem pesquisar o que está disponível em sua região ou no formato virtual.
Sebrae, Sest Senat, Senar e Sescoop também oferecem cursos de atualização e especialização, capacitação, consultorias, parcerias para micro e pequenas empresas e cooperativas e uma série de eventos e palestras presenciais e a distância.
Fonte:-São Carlos em Rede