Offline
Motoristas de aplicativo fazem buzinaço contra projeto de regulamentação
Eventos
Publicado em 26/03/2024

O protesto faz parte da paralisação nacional, organizada pela Fembrapp (Federação Brasileira de Motoristas de Aplicativos)

Nesta terça-feira (26), motoristas fizeram um buzinaço na Avenida São Carlos, em protesto contra o projeto de regulamentação enviado pelo governo federal para análise do Congresso Nacional. O protesto faz parte da paralisação nacional, organizada pela Fembrapp (Federação Brasileira de Motoristas de Aplicativos). Segundo o presidente da Associação dos Motoristas por Aplicativo de São Carlos (AMASC), Marcelo Santos, o projeto acaba beneficiando as grandes plataformas (como a UBER), com os custos recaindo sobre os motoristas.

“O governo conseguiu o que queria, que é o recolhimento do INSS por parte dos motoristas, o que também vai garantir direitos que hoje eles não têm; as big techs também não vão perder, pois o projeto foi feito nos moldes que elas queriam. Os aplicativos pequenos vão sofrer muito com essa regulamentação. Os motoristas acabaram ficando no meio e a corda vai estourar nas costas dos motoristas”, avaliou Marcelo.

No projeto, o governo propõe o valor que deve ser pago por hora trabalhada e contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os motoristas e as empresas vão contribuir para o INSS. Os trabalhadores pagarão 7,5% sobre a remuneração. O percentual a ser recolhido pelos empregadores será de 20%. Além disso, motoristas terão direito a receber R$ 32,90 por hora de trabalho. Desta forma, a renda mínima será de R$ 1.412.

Outras regras previstas no projeto são a criação da categoria “trabalhador autônomo por plataforma”, mulheres motoristas de aplicativo terão direito a auxílio-maternidade, a jornada de trabalho será de 8 horas diárias, podendo chegar ao máximo de 12, não haverá acordo de exclusividade. O motorista poderá trabalhar para quantas plataformas desejar. Para cada hora trabalhada, o profissional vai receber R$ 24,07/hora para pagamento de custos com celular, combustível, manutenção do veículo, seguro, impostos e outras despesas. Esse valor não irá compor a remuneração, tem caráter indenizatório. Os motoristas serão representados por sindicato nas negociações coletivas, assinatura de acordos e convenção coletiva, em demandas judiciais e extrajudiciais.

Fonte:-Jornal Primeira Pagina

Comentários