Trabalhadores da Rigras não aceita proposta de reajuste salarial; empresa oferece 6% de aumento e outros benefícios
Com 114 votos contra e 34 a favor, os trabalhadores da empresa Rigras Transportes Coletivos e Turismo Ltda (SOU), concessionária do transporte coletivo em São Carlos, rejeitaram a proposta de reajuste na campanha salarial 2024. O Sindicato dos Empregados em Transportes Rodoviários, Urbanos, Fretamento, Intermunicipal e Suburbano de São Carlos informou que a votação se deu na rodoviária e também na Estação Ferroviária durante todo o dia (das 9h às 16h) de anteontem, quarta-feira, 5 de junho. O sindicato e a empresa estiveram reunidos na última segunda-feira, 3 de junho.
A Rigras propôs um reajuste de 6% nos salários retroativos a maio. Assim, o salário da categoria passaria de R$ 2.687,04 para R$ 2.848,26. A proposta também inclui um adicional de cobrança maior. Ele passaria de R$ 592,77 para R$ 628,33. O ticket alimentação subiria de R$ 632,62 para R$ 670,57 e o prêmio de R$ 300,00 passaria a ser de R$ 318,00.
Os trabalhadores reivindicam um aumento de 15% no salário e 50% no vale-refeição. O advogado do sindicato, Amador Bandeira afirmou que a expectativa agora é que a Rigras aumente a proposta de reajuste para colocar novamente à apreciação da categoria.
Greve ilegal
A rejeição às propostas da empresa é mais uma queda de braço entre a companhia e os trabalhadores. No dia 27 de maio, uma segunda-feira, os motoristas de ônibus da Rigras fizeram uma paralisação surpresa. Os veículos não saíram da garagem e a população ficou sem o transporte coletivo durante a manhã e à tarde. Todas as 37 linhas foram paralisadas.
Já à noite, uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região determinou o restabelecimento do serviço de forma integral, sob pena de multa diária de R$ 30 mil a ser arcada pelos responsáveis pela paralisação. A empresa Rigras informou que os ônibus voltaram a circular durante a noite. A greve foi considerada ilegal pela falta de medidas como “aviso de greve” e também a prestação de pelo menos 30% dos serviços. Pela lei, pelo menos 30% dos ônibus teriam que rodar atendendo os usuários.
Segundo informações do Sindicato da categoria, os trabalhadores da empresa Rigras/Sou São Carlos, que realiza o transporte na cidade, decidiram parar as atividades sem assembleia e comunicação necessária.
Fonte:-Jornal Primeira Pagina