Digitalizar o ensino é o grande desafio, diz secretário que anuncia a abertura de 80 mil vagas na Educação Profissional do Estado de São Paulo
O secretário executivo da Secretaria Municipal de Educação do Estado de São Paulo, Vinicius Mendonça Neiva, afirmou ontem, em entrevista exclusiva ao PRIMEIRA PÁGINA, que a implantação de tecnologias no ensino de forma a digitalizar a educação paulista é um dos grandes desafios da Pasta no atual mandato.
Segundo Neiva, várias iniciativas tem sido implementadas neste sentido num caminho sem volta de, cada vez mais, trazer as novas tecnologias para a sala de aula. “O aluno hoje é um nativo digital. Temos implantado matemática gameficada, aulas de robótica serão iniciadas neste segundo semestre. É uma tendência mundial. Temos buscando implantar novas ferramentas e disciplinas. Estamos no momento de uma mudança de cultura, de prerrogativas”, declarou ele.
O secretário também disse que a Pasta está fazendo um investimento robusto em tecnologia na sala de aula. Assim, entre R$ 500 a R$ 700 milhões estão sendo aplicados para que todas as escolas tenham internet de qualidade e acesso às tecnologias mais atuais do mundo.
Quanto às resistência de alguns professores ao uso de tecnologia em sala de aula, Neiva foi brando e diplomata. Ele disse que não acredita em resistência, mas sim em uma adaptação às novas realidades.
Educação profissional
Segundo o secretário Neiva, o Estado de São Paulo abriu 80 mil novas matrículas em nove cursos, entre eles enfermagem, administração, hotelaria, logística e cinco outros. “Os cursos serão muito práticos e com aulas de campo. Assim, os estudantes de hotelaria terão aulas nas redes hoteleiras de Atibaia e Olímpia”.
De acordo com Neiva, 1.400 escolas a rede estadual já tem estes cursos e o governo checará a atender 2.000 escolas com cursos direcionados para a demanda profissional de cada região paulista.
Vinicius Mendonça Neiva nasceu no Distrito Federal, onde se tornou Mestre em Administração Pública e Economista pela Universidade de Brasília. Atualmente cursa doutorado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, tendo como foco de pesquisa a relação entre a responsabilização por resultados e o desempenho de gestores sêniores no setor público. Além disso, participou do grupo de pesquisa sobre uso de gestão estratégica nos governos em conjunto com a Universidade da Indonésia e Universidade do Texas at Dallas.
Em 2001, se tornou Auditor Federal de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional, onde também foi Coordenador Geral de Desenvolvimento Institucional e líder do Projeto do site Tesouro Transparente, disponibilizando informações e dados abertos do Tesouro Nacional à sociedade. Na Educação do Paraná foi Diretor Geral responsável pela gestão interna da Secretaria.
Presidiu e atuou como membro dos Conselhos Fiscais do BNDES, sendo um dos responsáveis pelas fusões dos colegiados da holding, e da Casa da Moeda do Brasil.
Fonte:-Jornal Primeira Pagina