Viver com a síndrome da fadiga crônica (SFC) pode parecer um jogo de adivinhação sem fim. Você não sabe o que a causou. Não há um teste decisivo para diagnosticá-la. E não há medicamentos específicos para a condição.
O que é a síndrome da fadiga crônica?
O primeiro passo para assumir o controle dos sintomas da fadiga crônica é aprender sobre a condição.
Síndrome da fadiga crônica — também chamada de encefalomielite miálgica — é diagnosticada após seis meses de fadiga extrema que não desaparece com repouso.
Ninguém sabe o que causa a fadiga crônica, mas alguns especialistas levantam a hipótese de que ela pode começar depois que você pega uma gripe, um resfriado ou o vírus Epstein-Barr (que causa mononucleose), desencadeando mudanças no seu sistema nervoso central.
Até mesmo a infecção por covid-19 pode desencadear fadiga crônica em alguns pacientes.
Outra possibilidade é que isso aconteça após um período de estresse pesado.
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Atualmente, não há nenhum medicamento projetado especificamente para tratar a síndrome da fadiga crônica, mas os pesquisadores estão trabalhando ativamente nisso.
Sintomas da síndrome da fadiga crônica
Cada pessoa com síndrome da fadiga crônica tem uma combinação única de sintomas que variam em gravidade e frequência. E os sintomas podem ser diferentes de um dia para o outro.
Essas flutuações constantes podem dificultar que amigos, familiares e colegas de trabalho entendam a condição. Sendo portanto, necessário a busca por avaliação médica.
Os sintomas comuns da síndrome da fadiga crônica incluem:
Períodos extremos e longos de exaustão, especialmente após exercícios físicos ou mentais.
Problemas com memória ou capacidade de raciocínio.
Tontura que piora ao passar da posição deitada ou sentada para a posição em pé.
Dor muscular ou articular.
Sono pouco reparador ou dificuldade para dormir.
Dor de garganta frequente ou sintomas semelhantes aos da gripe.
Novos tipos de dores de cabeça que você nunca teve antes.
Sensibilidade nos gânglios linfáticos nas axilas ou no pescoço.
Mulheres sofrem de síndrome da fadiga crônica com mais frequência do que os homens
Mulheres são mais propensas a desenvolver a síndrome da fadiga crônica (SFC) do que os homens, e essa diferença pode ser atribuída a uma combinação de fatores biológicos, hormonais, psicológicos e sociais.
Diferenças hormonais
As flutuações hormonais ao longo do ciclo menstrual, gravidez, menopausa e o uso de contraceptivos podem afetar a energia e o sistema imunológico das mulheres, possivelmente aumentando a vulnerabilidade à SFC.
Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA)
Esse eixo, que regula a resposta ao estresse e à produção de hormônios como cortisol, pode funcionar de maneira diferente em mulheres, tornando-as mais suscetíveis ao desenvolvimento de fadiga crônica.
Sistema Imunológico
O sistema imunológico das mulheres tende a ser mais reativo, o que pode levar a uma maior incidência de doenças autoimunes e inflamatórias, que estão frequentemente associadas à fadiga crônica.
Fatores psicológicos e sociais
As mulheres frequentemente enfrentam pressões sociais e culturais para equilibrar múltiplos papéis, como trabalho, cuidado com a família e responsabilidades domésticas, o que pode aumentar o estresse e contribuir para o desenvolvimento de SFC.
Maior Vulnerabilidade ao Estresse
Estudos indicam que as mulheres podem ser mais vulneráveis ao estresse psicológico e emocional, fatores que podem desencadear ou agravar a SFC.
Genética
Alguns estudos sugerem que pode haver uma predisposição genética que torna as mulheres mais suscetíveis à SFC, embora a pesquisa ainda esteja em andamento para identificar genes específicos.
Orientações gerais
De toda forma, o diagnóstico e acompanhamento deve ser realizado por profissional médico.
Fonte:-Catraca Livre