A FIA enfim aprovou o regulamento de unidades de potência para 2026, eliminando o último entrave para a entrada da Volkswagen na F1. O documento do Conselho Mundial da federação que rege o esporte a motor foi divulgado no site da entidade nesta quarta. E começa falando do futuro.
"A FIA continua avançando nos campos da inovação e da sustentabilidade, e o novo regulamento de unidades de potência é a maior demonstração disso. A introdução de tecnologias de ponta e de um combustível sintético e sustentável estão alinhados com nossos objetivos de beneficiar os motoristas no dia a dia e de criar um ambiente carbono zero até 2030", afirmou Mohammed Bin Sulayem, presidente da entidade, no comunicado. "A F1 hoje experimenta um incrível crescimento e estamos confiantes de que essas mudanças vão trazer ainda mais atrativos às regras criadas neste ano", completou o dirigente. O novo regulamento técnico, segundo a FIA, está baseado em quatro pilares: Manter o espetáculo: a unidade de potência a ser adotada em 2026 terá desempenho semelhante ao atual, com motor a combustão V6 de alta potência; Sustentabilidade ambiental: a contribuição elétrica das unidades passará a ser de 50%, em vez dos 25% atuais, e o combustível será 100% sustentável; Sustentabilidade financeira: redução dos custos, sem que isso prejudique a busca por inovação que sempre foi uma marca da F1; Atrair novas montadoras: as regras visam possibilitar a entrada de novas marcas na categoria, com gatilhos para que as estreantes possam competir em alto nível contra times já estabelecidos Demorou, muita gente perdeu a paciência nos últimos meses, como escrevi aqui, mas saiu. E está claro que foi um regulamento escrito a várias mãos: da FIA, da Liberty Media e da Volkswagen. Todos os pontos acima foram exigência do grupo alemão para oficializar a entrada na F1 com duas de suas principais marcas, Porsche e Audi. Houve dois adiamentos. O planejamento inicial previa que Volks, equipes e Liberty fariam os anúncios nos primeiros meses do ano. Tudo estava azeitado entre Domenicali, da Liberty, e Todt, presidente da FIA
O problema é que o francês deixou a FIA em dezembro. E seu sucessor, Bin Sulayem, resolveu rever todo o processo antes de submetê-lo a votação do Conselho Mundial. O Conselho se reuniu em abril, criando expectativas nas montadoras. Nada aconteceu. A reunião seguinte foi em junho. O timing era perfeito: a Porsche aproveitaria o GP da Áustria, no autódromo da Red Bull, para anunciar a aliança com a equipe. Uma semana depois, seria a vez de a Audi fazer seu anúncio. Nada aconteceu. Agora, os anúncios não devem demorar. A Porsche se tornará sócia da Red Bull. Já a Audi caminha para se tornar parceira da Sauber, que hoje "aluga" sua estrutura para a Alfa Romeo. Devem ser dos últimos atos de Herbert Diess, CEO que deixará a Volkswagen no mês que vem e que foi fiador da aproximação com a categoria. Além das regras para 2026, a FIA confirmou que os assoalhos dos carros ficarão mais rígidos a partir do GP da Bélgica, o que pode afetar os desempenhos de Red Bull e Ferrari. Também há novidades para 2023: ainda com o objetivo de reduzir as quicadas no chão, os carros serão 15mm mais altos e novos sensores serão instalados nos carros
Fonte:-Uol