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Prefeitura identifica parte do grupo de venezuelanos que pede dinheiro em semáforos de São Carlos
Politica
Publicado em 22/01/2023

Durante os dias 17,18, e 19 de janeiro deste ano, equipes da Guarda Municipal de São Carlos estiveram nas ruas da cidade buscando a identificação e origem de um grupo de venezuelanos que está espalhado pelos semáforos da cidade pedindo ajuda para compra de alimentos e sustento. Durante as abordagens realizadas, foi constatado pelas equipes da GM que se trata de uma grande família de refugiados da situação de crise política, econômica e humanitária pela qual passa a Venezuela. Ainda não existe um número exato de venezuelanos em São Carlos, mas pelas abordagens recentes foram identificadas quatro famílias (22 pessoas – 8 adultos e 14 crianças).

Um senhor, provável líder do grupo, informou que são descendentes de indígenas, todos são da cidade de Tucupita Delta Tamacuro, e que chegaram ao Brasil em agosto de 2022 por Pacaraima-RR, local em que deram entrada no programa de refugiados conforme Lei Federal 9.474/97, recebendo, então, o CPF brasileiro.

Durante as abordagens, sempre dentro do mais alto rigor de respeito aos direitos humanos, as equipes da GM também descobriram que desde então o grupo vive migrando de cidade em cidade em busca de ajuda para viverem através de doações de mantimentos e dinheiro, uma vez que encontram muita dificuldade para conseguir trabalho fixo.

Informaram, ainda, que possuem residência fixa na cidade de Uberlândia-MG, onde pagam aluguel de uma casa, e que na cidade de São Carlos estão hospedados na pensão Colúmbia e pagam uma diária de R$130,00 por família. Senhor Jesus disse que não está fácil manter a alimentação e o sustento de seus 7 filhos e que voltará para Uberaba com a família logo que conseguir as passagens.

O secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social, Samir Gardini, disse que a operação teve a função primordial em saber se havia algum indício de exploração dessas pessoas. “A Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social também foi acionada para acolher e dar suporte a essas famílias e já está trabalhando no sentido de que essas pessoas possam retornar à cidade de origem, Uberlândia, no Triângulo Mineiro”.

A secretária de Cidadania e Assistência Social, Vanessa Soriano, disse que todos os imigrantes têm acesso aos serviços através dos equipamentos da assistência e abordagem social, porém como o grupo vive migrando de cidade em cidade, não querem estabelecer vínculos. “Os atendimentos realizados a essas quatro famílias buscam identificar sua trajetória, estruturação, necessidades e demandas, além de encaminhamentos e acompanhamento técnico voltados à proteção social que necessitam”.

Vanessa Soriano é Secretária de Cidadania

A secretária disse, ainda, que 2 famílias, sendo 4 adultos e 6 crianças, já retornaram para de Uberlândia onde têm parte da família, inclusive outros filhos, além de residência. “Continuamos em atendimento e identificação das demandas de outras 2 famílias, 4 adultos e 8 crianças, realizando o trabalho voltado à proteção social. Todos são cidadãos e merecedores de nosso empenho”, finalizou Vanessa Soriano.

A maior parte dessas famílias já têm acesso a benefícios do Governo Federal, como o Bolsa Família. A trajetória delas foram: Roraima, Boa Vista, Manaus, Belém, Maranhão, Uberlândia e agora São Carlos. Nenhuma dessas famílias pretende se fixar em São Carlos.

Samir Gardini acredita que, assim como este, outros grupos também possam estar vindo ou tentando vir para São Carlos.  “Por isso, é muito importante que a nossa população, ao verificar essas pessoas descendo de veículos, anotem as placas e nos informem para que, dessa forma, possamos saber se há ou não alguém por detrás dessa ação. Aproveito, ainda, para agradecer e parabenizar todo o trabalho feito até aqui pela GM de São Carlos, com toda a segurança, cuidado e respeito às pessoas e à legislação”.

 

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