Pesquisa da UFSCar desenvolve fórmula que pode fazer materiais eliminarem fungos e bactérias
Tecnologia
Publicado em 07/05/2023
Composto pode ser utilizado em diversos produtos, de máscaras de tecido a móveis hospitalares.Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu um método que pode fazer com que diversos materiais sejam capazes de eliminar fungos e bactérias, evitando a contaminação por esses germes.
O trabalho realizado no Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica (Liec), do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), desenvolve ligas de propileno – um tipo de plástico - com um composto de sílica e prata menor que um grão de areia. Essa fusão é capaz de tornar o material fungicida e bactericida.
Diversas utilizações
Essa liga vem sendo utilizada desde 2020. O primeiro produto foi uma máscara que foi fabricada em parceria com uma empresa e muito utilizada durante o auge da pandemia de Covid-19 porque se mostrou eficaz também contra o coronavírus.
“Os testes para nossos estudos mostram que em dois minutos temos total eliminação dos vírus nas superfícies”, afirmou a pesquisadora Lara Kelly Ribeiro, que apresentou a pesquisa como parte do programa de pós-graduação em Química da UFSCar.
Desde então, a pesquisa tem sido ampliada. “O grande diferencial é que o material tem maior durabilidade, ou seja, eu consigo reutiliza-lo mais vezes, e a eficiente supera a de 2020”, afirmou a pesquisadora.
e acordo com a cientista, há ainda muito espaço para a expansão da pesquisa, que segue uma linha promissora e tem aumentado sua aplicabilidade, que vai desde utensílios domésticos de plástico até a fabricação de móveis hospitalares. Para cada material é necessário fazer uma formulação própria.
“Nossos produtos já são vendidos não só aqui no Brasil, mas na Europa e Estados Unidos porque é uma forma diferente de matar fungos e bactérias. As pessoas têm muito interesse nos nossos produtos e por isso nós estamos evoluindo cada vez mais”, afirmou o professor do Instituto de Química da UFSCar e orientador da pesquisa, Elson Longo.
Para os participantes da pesquisa, a evolução do estudo mostra a importância da valorização da ciência.
“Tenho muito orgulho de fazer parte da pesquisa brasileira e mostrar para a sociedade que é palpável. É necessário que as pessoas de casa enxerguem isso para poder incentivar a massa de pesquisadores do Brasil. Acredite um pouco mais na ciência, dê valor àqueles que fazem ciência porque eles não só estudam, eles fazem muito por você”, afirmou Lara.
Fonte:- G1