Procedimento foi realizado neste fim de semana. Ossos captados podem beneficiar até 30 pessoas; confira
A Santa Casa de São Carlos realizou a captação de córneas, rins e ossos de um homem de 54 anos na manhã de sábado, 3. A morte encefálica do paciente foi constatada na sexta-feira, 2 e o procedimento foi realizado após a família dele concordar com a doação.
A captação foi feita por uma equipe especializada do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto, local para onde os órgãos foram levados, auxiliada por profissionais da Santa Casa.
Essa foi apenas a segunda vez em sua história em que ossos foram captados na Santa Casa - somente eles podem beneficiar até 30 pessoas. A enfermeira Camila Amaro, da Organização de Procura de Órgãos (OPO), com sede no HC de Ribeirão Preto, falou que o procedimento para captar ossos é o mesmo realizado para outros órgãos.
“Em Ribeirão Preto tem uma equipe em um banco de tecidos humanos e ela vem até o hospital e fazem a retirada desses ossos. Esses ossos vão para esse banco de tecidos, são processados lá, esterilizados e depois são mantidos preservados para cirurgias de ortopedia, geralmente”, explicou Camila Amaro.
O enfermeiro da Comissão Interna Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), Lucas Picon, explica que a Santa Casa busca sempre incentivar esse gesto de amor que é a doação de órgãos.
“Temos uma equipe multiprofissional bastante empenhada, uma comissão de transplante de órgãos, e trabalhamos ativamente na conscientização das famílias sobre a importância da doação de órgãos”, disse.
Essa foi a segunda captação de órgãos realizada na Santa Casa em 2023. A primeira ocorreu no dia 4 de janeiro, onde foram captados os rins e o fígado de um homem de 64 anos.
Ainda de acordo com a enfermeira da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Camila Amaro, a legislação no Brasil sobre doação e transplante de órgãos e tecidos é muito segura e falou sobre o que é preciso para ser um doador.
“Garantimos que o processo seja totalmente idôneo, desde o momento da captação até a chegada deste órgão para a pessoa certa. Para ser um doador de órgãos e tecidos no Brasil, é preciso ter o diagnóstico de morte encefálica e o consentimento familiar. Por isso, esperamos que todos conversem com suas famílias e manifestem seu desejo de ser ou não um doador de órgãos”, disse.
“O transplante é um procedimento que cura e devolve a qualidade de vida para as pessoas. E é um gesto mesmo de amor ao próximo”, complementou a enfermeira da OPO de Ribeirão Preto.
FILA POR TRANSPLANTE NO BRASIL
De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde divulgados quinta-feira (01/06), 39.327 pessoas aguardam por transplante de órgãos no Brasil.
Em 2023, já foram realizados 3.348 transplantes. Doe órgãos! Salve vidas!
Fonte:-São Carlos Agora