Um estudo na área da Psicologia, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende compreender as percepções de empatia nos cuidados de fim de vida no Brasil, tanto pela perspectiva dos familiares dos pacientes quanto pela perspectiva dos profissionais da Saúde. Para isso, convida voluntários para responderem um questionário online.
“Buscamos entender como a empatia nos cuidados em fim de vida está sendo percebida tanto pelos familiares que perdem um ente querido quanto pelos profissionais que cuidam desse paciente e como isso pode nos ajudar a encontrar falhas nesse cuidado para que intervenções possam ser criadas a fim de garantir um cuidado mais empático e sensível em um momento tão delicado e vulnerável da vida”, explica Amanda Moro Saches, estudante de graduação em Psicologia da UFSCar e responsável pelo estudo.
Segundo ela, “nos cuidados em fim de vida, é comum que familiares relatem necessidade de apoio no luto após a perda de seu ente querido, mas, apesar de os profissionais da Saúde normalmente estarem envolvidos no apoio às famílias durante a morte e o morrer, a maioria das UTIs não mantém uma rotina de acompanhamento com os familiares. O foco da pesquisa é para qualquer ambiente em que o paciente tenha recebido cuidados profissionais, podendo ser na UTI, cuidado domiciliar ou outros”.
Podem participar do estudo familiares, com mais de 18 anos e qualquer grau de parentesco, que perderam um ente querido nos últimos três meses. A participação é totalmente online, por meio do questionário disponível em https://redcap.link/8s8cn1m2. O levantamento é feito também com profissionais da Saúde que enfrentaram a morte de um paciente nos últimos três meses; neste caso, o questionário pode ser acessado em https://redcap.link/ro7rsgey. O tempo de resposta estimado é de 10 minutos.
O trabalho, intitulado “Percepções de empatia nos cuidados de final de vida no Brasil: visão de familiares e cuidadores”, é orientado pelas professoras do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar, Esther Angélica Luiz Ferreira e Cristina Ortiz Sobrinho Valete, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 72909123.2.0000.5504
Fonte:-São Carlos em Rede