“Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”, Papa Francisco
Meditando sobre a Quaresma, o Santo padre Papa Francisco nos ensina que: “Deus guia-nos para a liberdade”, mas antes acompanha-nos “através do deserto”.
Ele acrescenta em sua fala o texto bíblico do Êxodo: “como Israel no deserto tinha ainda dentro de si o Egito”, ou seja, como o povo tinha ainda “dentro de si vínculos opressivos”. Algo que acontece “também hoje”. Francisco termina dizendo:”A Quaresma é o tempo de graça em que o deserto volta a ser – como anuncia o profeta Oseias – o lugar do primeiro amor”.
Com a Santa Missa de quarta-feira última, dia 14 de fevereiro, Missa de imposição das cinzas, a Igreja Católica iniciou o Quaresma.
A Quaresma é um dos cinco Tempos do calendário litúrgico católico, juntamente com o Advento, o Natal, a Páscoa e o Tempo Comum.
Ela precede a Páscoa e é um período solene centrado na oração, no jejum e na esmola.
Embora a Quaresma seja frequentemente associada à fé católica, muitos cristãos – inclusive protestantes e ortodoxos – vivem esse período.
A Quaresma é o tempo litúrgico que nos prepara para a morte e a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nesse tempo de preparação penitencial, voltamos nossos corações e mentes para Deus por meio da oração, do jejum e da esmola.
Tradicionalmente, o período da Quaresma se estende por 40 dias, iniciando-se na Quarta-Feira de Cinzas e se encerrando no Domingo de Ramos, ou seja, uma semana antes do Domingo de Páscoa.
No entanto, desde o pontificado de Paulo VI, a Quaresma tem duração de 44 dias, pois só se encerra na Quinta-Feira Santa.
A palavra quaresma vem de “quarenta” e o número 40, para os israelitas, possui um significado teológico que tem sua origem na própria história do Povo de Israel.
No Antigo Testamento, o número 40 ocorre inúmeras vezes relacionado a momentos significativos da história bíblica.
No Novo Testamento, o simbolismo do número 40 continua, por exemplo na passagem em que Jesus recolhe-se no deserto por 40 dias e 40 noites (Mt 4,3; Mc 1.1; Lc 4,2) onde enfrenta as tentações de Satanás e, após a ressurreição, permanece na terra 40 dias entre os discípulos (At 1,3) dando-lhes instruções para a evangelização, antes de ascender aos céus.
Neste período, usam nas igrejas, vestimentas roxas, cor que simboliza tristeza e dor.
Jornal Primeira Pagina