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30 anos sem Ayrton Senna; série, réplica de cera, legado e saudade do campeão
Esporte
Publicado em 01/05/2024

30 anos se passaram desde a morte de Ayrton Senna e é incrível como ninguém esquece onde estava quando soube da tragédia, naquele fatídico dia 1º de maio de 1994. Se você tem mais de 30 anos certamente vai se lembrar.

Na praia, onde eu estava, cada guarda-sol, cada barraca tinha alguém com um radinho ligado, cada um em uma emissora. Ainda não tinha Wi-Fi, internet e poucos possuíam celular. E a cada notícia de esperança que chegava pelo rádio, alguém gritava “ele vai conseguir”.

Foram momentos de tensão, angústia… a gente não podia acreditar que o campeão de todo domingo iria morrer naquela curva do GP de San Marino, na Itália. Mas assim aconteceu e hoje, 30 anos depois o maior ídolo brasileiro da Fórmula Um é lembrado no mundo como ícone, herói e exemplo de foco e perseverança.

Série na NetFlix

Ele teria 64 anos anos hoje se estivesse vivo.

A NetFlix aproveita a data para lançar o trailer oficial da minissérie Senna, produção baseada na vida do ícone brasileiro. (assista abaixo)

É o ator Gabriel Leone quem dá vida a Ayrton Senna.

A atração estreia ainda este ano, mas ainda sem data confirmada.

Estátua de cera

Em Foz do Iguaçu, fãs podem se sentir mais perto do ídolo.

Lá, o Dreamland Museu de Cera tem uma estátua de cera de Ayrton Senna em tamanho original, para quem quiser tirar fotos ao lado do nosso herói das pistas.

O Dreamland fica no Complexo Dreams Park Show, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Memória preservada onde morou

A casa onde Senna morou quando pequeno, na Zona Norte de São Paulo, nas décadas de 1960 e 1970, foi comprada por uma vizinha e preservada.

 

Ela fica Jardim São Paulo, na Rua Condessa Siciliano. Lá, Ayrton morou com os pais e os dois irmãos, Viviane e Leonardo.

Marina Rey Rachas, atual proprietária, mantém o imóvel intacto: a fachada, as grades das janelas, os portões, a área do jardim e os móveis embutidos nos quartos… e conta que muitos fãs passam por lá para tirar fotos.

Ninguém foi preso

Mas quem foi o culpado pela morte de Senna? Em 2007, a Suprema Corte da Itália confirmou decisão anterior e manteve como culpado da tragédia Patrick Head.

Ele é ex-sócio e cofundador da Williams, equipe pela qual Senna pilotava em sua última temporada na F-1.

Em 1994, Senna reclamava que se sentia desconfortável dentro do cockpit da Williams.

Como gostava de volantes maiores, ele dizia que suas mãos ficavam batendo na parte superior do habitáculo quando virava o volante.

Os engenheiros da Williams decidiram então mexer na coluna de direção de Senna. Ela foi serrada, e o ângulo da barra alterado, para que as mãos do piloto não batessem mais no cockpit. E consequências da intervenção foram trágicas.

A Williams de Senna passou reto na curva Tamburello. Houve uma quebra na coluna de direção. Tudo teria sido provocado por uma solda malfeita e por desgaste do material.

O piloto brasileiro não chance de evitar a batida e até hoje, 30 anos depois, ninguém foi preso. O motivo? Em 1997 Patrick Head foi responsabilizado por quebra da direção, mas o crime prescreveu.

O tempo máximo para prisão por homicídio culposo era de sete anos e seis meses e o veredicto só foi dado 13 anos após o acidente fatal de Senna.

Prêmios de Senna

Ao todo, Senna participou de 161 grandes prêmios na Fórmula 1.

O brasileiro conquistou 41 vitórias, 80 pódios e 65 pole positions.

Além disso foi o dono de 19 voltas mais rápidas.

Querido no mundo

Nosso ícone conquistou fãs no mundo inteiro, principalmente no Japão, onde é cultuado até hoje pelo exemplo e lições que deixou de força, garra e determinação.

É comum a visita de turistas japoneses à lápide de Ayton Senna no Cemitério Gethsêmani Morumbi, em São Paulo, todo dia primeiro de maio, data da morte do piloto, e também no dia 21 de março, data do aniversário dele.

Inspiração para Lewis Hamilton

E um dos fãs mais famosos dele, seguiu os passos do ídolo e se tornou o grande campeão mundial da Fórmula 1: Lewis Hamilton.

“Quando eu era jovem, minha referência era Ayrton Senna. Então, eu estava mais para o vermelho e branco, meu sonho era a McLaren”, afirmou o piloto inglês ao Dazn.

No último dia 21 de março, Hamilton fez um post nas redes sociais em homenagem ao ídolo:

“Parabéns, Ayrton. Meu herói sempre”, escreveu.

Assim, de fã em fã, famoso ou desconhecido, o legado de Senna se perpetua e faz a gente sentir falta e saudade dele mesmo 30 anos depois.

Obrigado campeão, você é eterno!

Fonte:-SNB

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