Ação gratuita será realizada de forma presencial no Campus de Janaúba da UFVJM; prazo de inscrição para participação se encerra em agosto
O município de Janaúba (MG) recebe no mês de setembro o curso de formação em elaboração de projetos culturais, arte e educomunicação. A ação, que tem total de 40 horas, integra o projeto Caminhos das Águas – fortalecendo fazeres e saberes artísticos e culturais, está com inscrições abertas de 17 de julho a 10 de agosto, via formulário eletrônico disponível aqui.
A atividade é uma ação do Governo Federal, Ministério da Cultura (MinC) – por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli) – e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com parcerias locais da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O curso é gratuito, será realizada no Campus Janaúba, entre os dias 02 e 06 de setembro, de forma presencial, de segunda a quinta-feira de 13h às 19h, e na sexta-feira, das 08h às 14h.
Para participar é necessário ser maior de 16 anos, ser articulador(a) e/ou fazedor(a) artístico-cultural, artista, arte-educador(a) ou educomunicador(a), com prioridade para pessoas ribeirinhas, indígenas e quilombolas. A confirmação de inscrição será informada no dia 13 de agosto, via e-mail informado na inscrição. Não há limite de idade para participação.
Dentre os assuntos, o curso traz os temas: Arte como expressão de identidades, diversidade e acessibilidade; Ação ou intervenção a partir das artes: a experiência de artistas/educadores; Laboratório de audiovisual na escola – estudo de caso e exercícios de aprendizagem; Cultura alimentar – cultivando memórias através dos alimentos e Laboratório de Contação de histórias – movimentando realidades, como tema extra.
Pelos rios: cultura, diálogos e formação
O projeto Caminhos das Águas, parceria do Ministério da Cultura com a Universidade Federal de Mato Grosso, está inserido no Programa Olhos D’Água e reforça a valorização de saberes artísticos e culturais de cada região do Brasil, em sua diversidade e riqueza, fortalecendo também a percepção social e diálogo, fundamentais nesta abordagem da relação entre Arte e Educomunicação.
Para o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura (Sefli), Fabiano Piúba, o projeto compõe a política de formação artística e cultural do MinC, no âmbito do programa Olhos d’Água. “A força deste projeto é sua conexão com territórios que denominamos de caminhos das águas, seguindo rotas de rios e afluentes nas cinco regiões do país, compreendendo a relação orgânica entre cultura e natureza como vital para a formação de repertórios, a realização de ações de arte e cultura e a elaboração de estratégias de comunicação com artistas, agentes culturais, educadores, professores, comunicadores e agentes sociais. Tais pessoas poderão fazer a diferença em suas comunidades e ambientes de atuação, dando sentido aos seus processos educativos e culturais como dimensões importantes para o desenvolvimento sustentável de seus próprios territórios”, afirma.
“O projeto Caminhos das Águas já passou por três localidades, Santarém (PA), Tabatinga (AM) e Tocantinópolis (TO), pelos rios Tapajós, Amazonas, Solimões e Tocantins, seguindo o fluxo de formar articuladores da cultura local, como quilombolas, ribeirinhos, indígenas Borari, Ticuna, Kokama e Apinajés, e artistas do Sairé de Alter do Chão e do FestSol de Tabatinga, e guardiãs da cultura do quilombo do Cocalinho, de Tocantins, com danças como o do Lindor, entre outros. No final de julho estaremos na Aldeia Limão Verde, em Aquidauana, no estado de Mato Grosso do Sul, com o povo Terena”, destaca Maurício Virgulino, coordenador educativo do projeto.
Também a coordenadora educativa, Amanda Cuesta, conta que o projeto Caminhos das Águas busca promover a democratização do acesso aos processos de produção e difusão de conhecimento em cultura e arte, com foco na formação em áreas artístico-culturais e na descentralização dos processos de formação no campo artístico-cultural no território nacional.
“O projeto realiza dez formações em dez localidades brasileiras, buscando alcançar as populações de povos ribeirinhos, quilombolas, indígenas e periféricos em encontros de uma semana de duração, com artistas, arte-educadores e educomunicadores capacitados para abordar temas artísticos culturais. Esses profissionais sensibilizam o público, ampliando repertórios e disseminando conteúdos na elaboração de projetos, com vistas à qualificação de profissionais na área para editais e premiações”, complementou.