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INCÊNDIO NO GRAN CIRCO: UMA DAS MAIORES TRAGÉDIAS DO BRASIL
Curiosidades
Publicado em 16/04/2023

O dia 17 de dezembro de 1961 ficou marcado pela tragédia do Gran Circo Norte Americano, um dos piores incêndios da história do Brasil. O desastre em Niterói (RJ) terminou com 503 pessoas mortas, a maioria crianças, e mais de 800 feridos.

Apresentado como o "maior circo da América Latina", à época, o Gran Circo estreou no município dois dias antes do evento fatal, atraindo a população com diversas atrações, incluindo mais de 100 animais. O empreendimento liderado por Danilo Stevanovich recebeu, naquela tarde, 3 mil pessoas.

 

Embora o espaço estivesse lotado, a sessão ocorria sem problemas, até que uma das trapezistas notou as primeiras chamas, enquanto preparava a sua apresentação. O fogo teria começado perto da entrada principal e não demorou a chegar até a lona, revestida de parafina, o que facilitou a sua queima.

Com os pedaços de lona pegando fogo e caindo sobre a multidão, que tentava escapar dali de qualquer jeito, o cenário infernal estava formado. De acordo com os jornais da época, o Gran Circo foi completamente destruído em 20 minutos.

Queimaduras e pisoteamentos

Em meio à dificuldade para a retirada de milhares de pessoas do incêndio no circo, a elefanta Semba, que iria se apresentar no picadeiro, se assustou com o fogo e o barulho. Com medo, ela partiu em debandada, fazendo um enorme buraco na lona, por meio do qual muitos escaparam.

Com os pedaços de lona pegando fogo e caindo sobre a multidão, que tentava escapar dali de qualquer jeito, o cenário infernal estava formado. De acordo com os jornais da época, o Gran Circo foi completamente destruído em 20 minutos.

Queimaduras e pisoteamentos

Em meio à dificuldade para a retirada de milhares de pessoas do incêndio no circo, a elefanta Semba, que iria se apresentar no picadeiro, se assustou com o fogo e o barulho. Com medo, ela partiu em debandada, fazendo um enorme buraco na lona, por meio do qual muitos escaparam.

Os feridos, muitos deles com grande parte do corpo queimada, foram levados para os hospitais da região, mas uma greve dos médicos quase pôs tudo a perder. Com a enorme quantidade de pacientes, vários precisaram ir para o Rio de Janeiro, que recebeu profissionais de todo o Brasil e até do exterior para auxiliar nos tratamentos.

Diante do alto número de mortos, as agências funerárias apresentaram dificuldade para atender à demanda, sendo preciso contratar carpinteiros que usaram o estádio Caio Martins como oficina provisória para a fabricação de caixões. A abertura de túmulos extras também foi necessária, trabalho que contou com a participação de presidiários.

 

 

 

 

 

Qual foi a causa?

A versão mais aceita sobre a causa do incêndio do Gran Circo em Niterói é a de que ele teria sido iniciado por um trabalhador que ajudou na montagem da estrutura. Conhecido como “Dequinha”, o homem foi demitido e barrado ao tentar entrar sem pagar no espetáculo.

Para se vingar, ele decidiu colocar fogo no circo, com a ajuda de dois amigos. Os três foram presos alguns dias depois e condenados à prisão, mas Dequinha escapou do presídio, em 1973, sendo encontrado morto com 13 tiros, posteriormente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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