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China faz descoberta crucial sobre Marte que pode mudar tudo que se sabe sobre o planeta vermelho
Curiosidades
Publicado em 17/05/2023

Uma investigação do rover Zhurong, parte da missão Tianwen 1, encontrou novas evidências da presença passada de água líquida em Marte. Essas observações mostram vestígios que datam de algumas centenas de milhares de anos atrás. Para isso, a sonda reuniu testes com instrumentos de análise óptica e química ao observar rachaduras na região de Utopia Planitia.

 

Essas rachaduras presentes em Marte teriam se formado quando a água teria congelado, antes de derreter e desaparecer, impactando o relevo do solo. A própria composição da superfície também fornece sua parcela de informações. Com sulfatos hidratados e sílica, além de óxido de ferro, as características das rochas indicam que estiveram em contato com água líquida entre 1,4 milhão e 400 mil anos atrás.

Aqui está o resumo do estudo publicado na revista ScienceAdvances:

 

"Encontramos rachaduras, sulcos e outros agregados poligonais brilhantes na superfície de dunas ricas em sais hidratados (...) O vento e o processo de congelamento do CO2 não são a causa. O envolvimento de água salina do derretimento da água congelada e da neve é ​​a causa mais provável. Esta descoberta lança luz sobre as condições úmidas do atual clima marciano e fornece pistas importantes para futuras missões de exploração, particularmente em baixas altitudes, onde as temperaturas são comparativamente mais quentes e agradáveis."

 

O que aconteceu com a água em Marte?

A teoria mais provável é que Marte anteriormente armazenava uma quantidade astronômica de água em sua superfície, criando lagos, mares e etc. Mas com o tempo, a perda de seu campo magnético o tornou cada vez mais vulnerável aos ventos solares. Esses ventos causaram a dispersão da água por todo o sistema solar. Essa perda começou há cerca de 4 bilhões de anos, deixando apenas alguns vestígios de água há algumas centenas de milhares de anos - que puderam ser detectados pelo rover.

O rover Zhurong está no fim de sua vida, mas ainda consegue nos trazer esses dados preciosos. Chegando em maio de 2021, este é o primeiro rover enviado por uma agência chinesa ao planeta vermelho. No entanto, Zhurong ainda não acordou após o período de hibernação para o inverno marciano. A equipe responsável pela missão acredita que os painéis solares da máquina está cobertos de poeira - sufocando assim a fonte de energia e impedindo o funcionamento.

A corrida espacial entre os EUA e a China está em pleno andamento, e Marte é uma grande fatia do bolo. Como a missão Mars Sample Return, o objetivo da China é trazer de volta amostras do solo marciano no início da próxima década.

Para quem é fã da saga Mass Effect, assim como este que vos escreve, fica aqui uma "decepção": infelizmente, não foi dessa vez que descobriram ruínas de Prothean em Marte.

Fonte:-IGN Brasil

 

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